quinta-feira, 11 de abril de 2013

TOP 10: LUIS FELIPE GUERREIRO


Luis Felipe Guerreiro, 18 anos e 11 anos de skate de Curitiba-Pr

1- Como começou a andar de skate?
Meu pai sempre me incentivou a andar, tanto é que no tempo dele ele também andava, o skate está no sangue hahaha, desde o primeiro contato que eu tive com o skate nunca mais parei, foi amor a primeira vista, a curiosidade de saber como andar, fazer manobras, foi sempre presente comigo. Na época eu andava no interior, depois que eu me mudei pra Curitiba conheci a Praça do Atlético, ai foi a fase que eu comecei a andar pra valer (conto meu tempo de skate a partir daí), via a galera andar e pensava comigo mesmo, um dia vou chegar la, conheci os locais de lá, alguns eu mantenho contato até hoje mas a maioria não, porque na época eu era pivete ainda e também não tinha redes sociais e ficava difícil manter o contato, mas enfim, nunca me desgrudei da praça, lá foi e sempre será meu segundo lar.

Indy Praça do Atlético

2- Quais foram e são suas maiores dificuldades para andar de skate?
Minha maior dificuldade foi aprender as manobras, sou honesto em dizer que não tenho dom pra andar de skate e sim muita determinação, na galera que eu andava eu era meio que o último a evoluir, mas isso nunca foi motivo pra parar, pelo contrario foi motivo para persistir, nunca perdi a fé que ia chegar no nível de quem eu me espelhava, muitos dos que andavam comigo, hoje não andam mais, mas da minha memória nunca vão sair, meu tempo de moleque foi o melhor! Os role suaaado, depois no final da sessão aquela coca gelada! hahaha Não existia preconceito, diferente de hoje que a pivetada julga o outro pelas peças que usa, o tênis, se é gringo ou não, nem existia isso era todo mundo na mesma vibe, se precisasse de alguma peça alguém sempre tinha sobrando e rachava de coração sem cobrança, é isso que eu lembro bem no começo da minha caminhada no skate.

3- Quais as cidades já viajou para andar de skate? 
De cabeça não consigo lembrar foram várias, mais na região do Paraná eu colava sempre com a galera da federação nos campeonatos paranaenses, comecei a me jogar sozinho mesmo, mesmo sem conhecer a galera porque eu era pequeno e a galera q colava era mais velha, mas isso nunca me impediu. Eu ia por amor ao skate, curiosidade de conhecer novos picos, abrir a cabeça, conhecer gente nova, o skate foi e continua sendo uma porta na minha vida, conheci muita gente pelos poucos lugares que visitei, e gente boa, skatistas de verdade são por natureza sangue bom, quem não é camarada não é skatista, apenas andar de skate, porque a verdadeira essência está em ser humilde e companheiro.

Flip Praça 29 de Março

4- Qual delas mais curtiu o rolê e indica pra galera?
Pato Branco foi uma que eu curti, não por causo da pista, que por sinal é excelente, mas pelos picos que a city oferece, muito chão liso e bordas, na avenida principal tem uns bancos de praça muito style foi uma das sessões que mais rendeu, lembro que a sessão contou com skatistas como o Michel Simonetto e o Diego Costa, foi muito boa essa Trip.

5- Qual seu ponto de vista sobre o skate na sua cidade?
Curitiba sempre foi a capital do skate, e já saíram skatistas como o Carolino, Gerdal, desse ponto Curitiba pra mim é foda! Mas só nesse, poque o resto ta osso, pista publica que deveria ser obrigação do estado
construir não tem, o chão da maioria da cidade é pedra portuguesa, tenho certeza que é a maior dificuldade pra maioria dos skatistas. Mas ainda foco na obrigação do estado em nos proporcionar pistas que atendam nossas exigências.


Ollie - Praça do Atlético

6- Qual seu ponto de vista sobre o skate Nacional?
O skate nacional é a fonte da minha inspiração, admiro o skate gringo mas não me espelho, acho que todo skatista brasileiro tem a obrigação de conhecer nomes como Cezar gordo, Marcelo Formiguinha, Alex Carolino, Rodrigo Gerdal, Rodrigo TX, Dwayne Fagundes e tantos outros que representam o Brasil la fora, o skate nacional é foda, nenhum gringo vai chega perto, não admiro pelo número de manobras, mas pela determinação que todos eles tiveram em fazer seu nome e do Brasil la fora, esse é o mérito.

7- O que aprendeu com a vida de skatista?
Aprendi que sem humildade não chegamos a lugar algum, sem determinação não chegamos a nossos objetivos, o skate me ensinou a VIVER, skate é vida! o skate sempre teve participação ativa na minha vida, ele me levou a conhecer lugares e pessoas das quais nunca me esquecerei, me ensinou que o erro é parte da aprendizagem, se não errarmos não faremos o certo, quando caímos levantamos de cabeça erguida sem vergonha alguma, isso é ser skatista! O skate me ensinou a ser homem, me mostrou que se não corrermos atrás os objetivos não se concretizam, nada cai do céu. Nesse pouco tempo de skate na veia, aprendi muita coisa que vou levar pro resto da vida, e agradeço muito a Deus por ter me colocado nesse caminho, pois tenho certeza que nasci pra anda d'skate, é uma felicidade que só que anda sabe, é a hora do dia da qual você se reserva pra meditar, pra esquecer dos problemas e apenas skateaar!


Bs Nosegrind - Praça do Atlético

8- O que curte fazer quando não está no rolê de skate?
Curto muita coisa, entre elas desenhar, me sinto muito bem em passar pro papel meus sentimentos. Mas a coisa que eu mais curto é conversar com o meu pai, ele me passa toda a experiencia de vida dele, me mostra os dois lados da moeda, não me força a nada, apenas me mostra e sempre me fala: "Ou você aprende comigo ou a vida lhe ensina'' isso ficou marcado em mim, sempre lembro dessa frase. Vivenciar com os amigos também é muito bom, a cada dia vou absorvendo e passo conhecimento, isso é o que me satisfaz.

9- Quais são os planos para 2013?
2013 ta só começando, mas meus objetivos são muitos, um deles é produzir um documentário sobre o skate curitibano, nem que seja algo amador, mas a ideia é nobre. Outro é conhecer o IAPI, pico muito almejado pelos skatistas. Mas meu objetivo principal é conhecer gente nova, fazer novos amigos, conhecer lugares novos e vivenciar muuuito skate!!!

Flip Praça 29 de Março

10- O Que diria para quem está começando?
Pra quem está começando eu digo que não vai ser fácil, se você tem um objetivo grande em relação ao skate batalhe! Pois uma guerra só é vencida após ser vitorioso em muitas batalhas, skate é como encher um copo com um conta gotas, a cada dia você vai aprendendo, enchendo aos poucos, o mais interessante é que nunca vai encher o copo por completo, ou seja, nunca vai aprender tudo, sempre vai adquirir habilidades e terá sempre habilidades a serem aprendidas. Mas fora isso, o skate com certeza vai fazer você crescer como pessoa, lhe trará valores, fará conhecer lugares e pessoas novas, com certeza fará você um ser humano melhor! Deus abençoe!

Confere ai um vídeo com o rolê do Luís Felipe!

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